Inseminação Artificial em Bubalinos

A inseminação artificial nos bubalinos, assim como em bovinos, visa a melhoria da qualidade e quantidade da produção de carne e de leite da espécie. 


Diferente dos bovinos, a inseminação artificial em Bubalinos foi pouco estudada, no mundo são poucos os países que usam dessa técnica com frequência, e são recentes os conhecimentos científicos relacionados às metodologias para sua implantação. No Brasil, os primeiros trabalhos foram realizados na Região Norte pela equipe do Prof. Wiliam Gomes Vale, da Universidade Federal do Pará.


Vantagens da Inseminação artifical em Bubalinos

Permitir maior aproveitamento de reprodutores que apresentam características melhoradoras. Em condições de monta natural, um touro produz até 50 bezerros/ano enquanto que, com a inseminação artificial, pode produzir 5000 ou mais bezerros/ano

Facilitar a seleção genética do rebanho, possibilitando ao criador trabalhar com várias linhagens de reprodutores.

Evitar a consangüinidade do rebanho através da utilização facilitada de sêmen de diversos reprodutores de outros criatórios.

Diminuir a quantidade de touros na fazenda, facilitando o manejo e evitando brigas, reduzindo também os gastos com a aquisição e a manutenção de reprodutores

Assegurar ao proprietário a possibilidade de estocar e utilizar o sêmen de um reprodutor mesmo depois de morto.

Possibilitar aos criadores com condições financeiras limitadas a utilização de reprodutores de alto valor zootécnico, devido ao baixo custo e facilidade de transporte do sêmen.

Contribuir para um maior controle sanitário e reprodutivo do rebanho, eliminando as doenças da reprodução como campilobacteriose, vibriose, brucelose e outras.

Controlar todo o rebanho e determinar os índices de fecundação, natalidade, eficiência reprodutiva, número de serviços por concepção, entre outros, e eliminar animais com fertilidade inferior à do rebanho.

Limitações da Inseminação artificial em Bubalinos

 Exige pessoal habilitado e equipamentos especiais

 Necessita de um inseminador capacitado, honesto e responsável, com conhecimento anatomo-fisiológico dos bubalinos.

 Pode disseminar rapidamente características indesejáveis quando não se conhece o reprodutor utilizado.

 Pode propagar algumas doenças, causar lesões e infecções no aparelho reprodutivo da fêmea quando o método não é utilizado corretamente.

 É necessário um manejo adequado, com boa alimentação, mineralização correta, assistência médico veterinária e responsabilidade.

 Conforme a localização da propriedade, o fornecimento periódico de nitrogênio líquido pode ser dificultado.
Estrutura Reprodutiva
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Esquema para inseminação de Bubalinos 

1. Búfalas que estiverem em cio durante o período de observação (manhã ou tarde) e que não aceitam mais a monta no período seguinte devem ser inseminadas imediatamente. Estes animais são inseminados 12 horas após a detecção do cio. Esta situação é encontrada em 60% das inseminações de búfalas. 

2. Búfalas que estiverem em cio durante o período de observação (manhã ou tarde) e que continuam em cio no período seguinte não devem ser inseminadas e devem ser observadas em cio no próximo período. Se não aceitarem mais a monta, devem ser inseminadas. Estes animais são inseminados 24 horas após a detecção do cio. Esta situação é encontrada em 25% das inseminações de búfalas. 

3. No caso de cios de maior duração (mais de 24 horas), inseminar quando as fêmeas não aceitarem mais a monta. Esta situação é encontrada em 5% das inseminações de búfalas.


De nada adianta preencher todos os requisitos anteriormente mencionados se a qualidade do sêmen utilizado não estiver dentro dos padrões recomendados.

 Os doadores devem ser isentos de doenças infecto-contagiosas que possam ser transmitidas pelo sêmen. A contaminação do sêmen por bactérias causa infecções uterinas e queda na taxa de concepção.

Coleta
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 A qualidade do sêmen após o descongelamento é fundamental para a obtenção de bons resultados. Com a tecnologia existente no Brasil e em outros países do mundo, é possível congelar sêmen de bubalinos com resultados satisfatórios, quanto à fertilidade.

 Antes de iniciar um programa de inseminação artificial, o médico veterinário deve examinar o sêmem, e somente as partidas aprovadas devem ser utilizadas, evitando transtornos futuros. 

Fonte FMVZ USP

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